28 dezembro, 2024 às 14:30 na Embaixada da Russia (Rua Visconde de Santarém 71, Lisboa) haverá 🙋 91ª Manifestação semanal
Holodomor de 1932-1933.
The Holodomor of 1932-1933.
Grain exports in the 1930s made up 20% of the USSR's foreign exchange earnings.
ru.m.wikipedia.org/wiki/%D0%97%D0%B5%D1%80%D0%BD%D0%BE%D0%B2%D0%BE%D0%B9_%D1%8D%D0%BA%D1%81%D0%BF%D0%BE%D1%80%D1%82_%D0%A1%D0%A1%D0%A1%D0%A0
In 1930, Ukrainian peasants were deprived of 30% of their harvested grain, 38% was taken in the North Caucasus, and by 1931, nearly half was confiscated. In Kazakhstan, cattle were seized instead of grain. Regions such as the Volga, the Urals, Siberia, and the Central Chernozem area also suffered, though potatoes and onions were left for the peasants. In 1932, a less fruitful year, quotas were raised by a third. Collective farms that failed to meet quotas saw all grain, including seeds and household food supplies, confiscated. This famine affected areas with populations totaling 30-50 million people.
www.bbc.com/russian/russia/2013/11/131119_golodomor_anniversary_definition
Under the Tsarist regime, famine-stricken individuals could flee to other regions. Under Stalin, blocking detachments were deployed to prevent peasants from leaving collective farms. Over four years, including the famine period, Stalin exported 13 million tons of grain. Refusing grain exports could have saved 25-30 million lives, but the peasants were scapegoated.
novayagazeta.ru/articles/2008/06/02/37807-eksport-na-kostyah
The West was aware of the famine in Soviet Ukraine. There were efforts to aid the starving, but the Soviet Union refused assistance.
www.youtube.com/watch?v=T2eVpQKmwSA
Eyewitness Anna Domanskaya recalled on Deuche Welle: "My aunt brought some flour, diluted it with water, and we drank this water."
www.youtube.com/watch?v=7nZ7y9xjae8
In a documentary on Suspilne Kultura, Grandma Ksenia recounted: "In '33, the hunger was so severe here that there were people who ate their own children."
www.youtube.com/watch?v=NupPRCU2taQ
For some villagers, particularly the rural poor, participating in forced collectivization and robberies offered social advancement. Others joined to avoid being targeted themselves.
www.youtube.com/watch?v=hlZ20lC_1AA
To seize grain, Stalin needed to dismantle private ownership and turn everyone into collective farm laborers from whom the state could take unlimited amounts. 1.5 million people were dispossessed, with 850,000 forcibly resettled.
www.youtube.com/watch?v=yc-D5CFnwmI
The number of Holodomor victims remains contested, ranging from 3 to 16 million Ukrainians.
holodomormuseum.org.ua/ru/news/chyslo-zhertv-holodomora-henotsyda-v-ukrayne-pytaiutsia-yskusstvenno-pryumenshyt-uchenye/
The Ukrainian National Book of Remembrance for Holodomor Victims contains 882,510 names and continues to be updated.
holodomormuseum.org.ua/hololomor/natsionalna-knyha-pam-iati-zhertv-holodomoru-1932-1933/
Millions died in other regions as well. According to the census data in the USSR in 1937, there were 9 million fewer people, compared to 1926. Stalin shot the census takers as public enemies.
novayagazeta.ru/articles/2008/06/02/37807-eksport-na-kostyah
For decades, the USSR prohibited public remembrance of Holodomor victims. At a 1951 memorial rally in New York, Raphael Lemkin, a Yale University professor and the author of the legal term "genocide," called the USSR’s actions against Ukrainians "a classic example of genocide."
holodomormuseum.org.ua/ru/den-pamiaty-zhertv-holodomora/
On December 9, 1948, the UN General Assembly adopted the Convention on the Prevention and Punishment of the Crime of Genocide.
www.un.org/ru/documents/decl_conv/conventions/genocide.shtml
Many countries and international organizations have since recognized the Holodomor as genocide.
holodomormuseum.org.ua/ru/pryznanye-v-myre-holodomora-aktom-henotsyda/
In Russia, a recent history textbook has removed any portrayal of the Stalinist regime as criminal.
meduza.io/news/2023/08/21/v-rossiyskom-voenno-is
History repeats itself: evidence from Bucha and Irpin echoes the actions of Soviet authorities.
In 1991, Russia passed the Law on the Rehabilitation of Victims of Political Repression, but efforts to rehabilitate dispossessed victims remain inconsistent. In 2008, the Russian State Duma acknowledged the connection between famine and forced collectivization. However, the majority of those responsible for the crimes of the communist regime have escaped punishment.
trjustice.ilpp.ru/chapter-6.html
To avoid repeating past mistakes, regime change in Russia must include lustration of Putin’s security services, the opening of Soviet and modern archives, thorough investigations, and public trials of perpetrators. Public awareness campaigns, memorials to victims, and penalties for future attempts at repressive laws are also crucial. Condemning the actions of the Communist Party of the Soviet Union can justify revisiting repressive measures against armed resistance to the communist regime and affirming the right to rebellion.
Proofs and links are in the description. Subscribe and help!
Holodomor de 1932-1933.
Na década de 1930, as exportações de cereais representavam 20% das receitas em divisas da URSS.
ru.m.wikipedia.org/wiki/%D0%97%D0%B5%D1%80%D0%BD%D0%BE%D0%B2%D0%BE%D0%B9_%D1%8D%D0%BA%D1%81%D0%BF%D0%BE%D1%80%D1%82_%D0%A1%D0%A1%D0%A1%D0%A0
Em 1930, 30% dos cereais cultivados foram retirados aos camponeses na Ucrânia, e 38% no Cáucaso do Norte. Em 1931, já foi confiscada quase metade dos cereais. No Cazaquistão, não foram retirados os cereais, mas o gado. As regiões do Volga, do Ural, da Sibéria e da Terra Negra Central também sofreram, embora as autoridades soviéticas tenham deixado batatas e cebolas aos camponeses. Em 1932, que foi um ano menos produtivo, o plano de produção de cereais foi aumentado em mais um terço. Nas explorações colectivas (colcoz) que não cumpriram o plano, foram confiscados todos os cereais, incluindo as sementes, e as reservas alimentares das famílias. Em consequência, a fome afectou os territórios com uma população de 30 a 50 milhões de pessoas.
www.bbc.com/russian/russia/2013/11/131119_golodomor_anniversary_definition
No tempo do czar, podia-se fugir para qualquer lado durante a fome. Sob Estaline, as tropas especiais foram utilizadas para impedir que todos fugissem das explorações agrícolas colectivas. Estaline exportou 13 milhões de toneladas de cereais em quatro anos, incluindo durante a fome. Se as autoridades soviéticas se tivessem recusado a exportar, poderiam ter sido alimentadas 25 a 30 milhões de pessoas, mas os camponeses falsamente declarados culpados de tudo.
novayagazeta.ru/articles/2008/06/02/37807-eksport-na-kostyah
O Ocidente sabia o que estava a acontecer na Ucrânia soviética. Houve tentativas de ajudar as pessoas famintas, mas a União Soviética recusou a ajuda exterior.
www.youtube.com/watch?v=T2eVpQKmwSA
Deuche Welle falou com uma testemunha ocular do Holodomor, Anna Domanskaya: “a minha tia trazia um pouco de farinha, diluía-a em água, ... e nós bebíamos essa água”.
www.youtube.com/watch?v=7nZ7y9xjae8
O documentário do canal “Suspilne Kultura” mostra as memórias da avó Ksenia: “Em 33, a fome era tão grande que havia pessoas que comiam os filhos”.
www.youtube.com/watch?v=NupPRCU2taQ
Para uma parte dos habitantes das aldeias, especialmente os mais desfavorecidos, a participação na coletivização forçada e nas pilhagens representava uma oportunidade de ascensão social. Além disso, se não forem eles, seriam outros, e depois quem recusou em participar, era a victima.
www.youtube.com/watch?v=hlZ20lC_1AA
Para se apoderar dos cereais, Estaline teve de acabar com a propriedade privada e obrigar que todos trabalhassem em explorações agrícolas colectivas do Estado, das quais as autoridades podiam retirar o que precisavam. Foram expropiadas 1,5 milhões de pessoas, das quais 850.000 foram deslocadas à força para outras zonas do país.
www.youtube.com/watch?v=yc-D5CFnwmI
Não há consenso sobre o número de vítimas do Holodomor, mas os números variam entre 3 e 16 milhões de vítimas na Ucrânia.
holodomormuseum.org.ua/ru/news/chyslo-zhertv-holodomora-henotsyda-v-ukrayne-pytaiutsia-yskusstvenno-pryumenshyt-uchenye/
O Livro Nacional Ucraniano da Memória das Vítimas do Holodomor de 1932-1933 conta 882.510 nomes e está a ser completado.
holodomormuseum.org.ua/hololomor/natsionalna-knyha-pam-iati-zhertv-holodomoru-1932-1933/
Milhões de pessoas morreram também noutras regiões. De acordo com os dados do recenseamento, havia menos 9 milhões de pessoas na URSS em 1937 do que em 1926. Os recenseadores foram fuzilados por Estaline como inimigos do povo.
novayagazeta.ru/articles/2008/06/02/37807-eksport-na-kostyah
Na URSS, foi proibido mencionar a memória das vítimas do Holodomor durante décadas. Em 1951, num manifestação em Nova Iorque para comemorar as vítimas da Grande Fome de 1932-1933, o autor do termo jurídico “genocídio”, Raphael Lemkin, professor da Universidade de Yale, classificou as ações da URSS contra os Ucranianos como “um exemplo clássico de genocídio”.
holodomormuseum.org.ua/ru/den-pamiaty-zhertv-holodomora/
Em 9 de dezembro de 1948, a Assembleia Geral da ONU adoptou a Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio.
www.un.org/ru/documents/decl_conv/conventions/genocide.shtml
Muitos países e organizações internacionais reconheceram o Holodomor como um genocídio.
holodomormuseum.org.ua/ru/pryznanye-v-myre-holodomora-aktom-henotsyda/
Na Rússia, num novo manual de história, o regime de Estaline já não é considerado criminoso.
meduza.io/news/2023/08/21/v-rossiyskom-voenno-is
A história repete-se: as crimes recentes que tiveram lugar em Bucha e Irpen são semelhantes às que as autoridades soviéticas jà tinham feito antes.
Em 1991, a Rússia aprovou a Lei sobre a Reabilitação das Vítimas da Repressão Política, mas a prática de reabilitar as vítimas da coletivização forçada continua a ser instável. Em 2008, a Duma russa reconheceu a ligação entre a fome e a coletivização forçada. A grande maioria dos responsáveis pelos crimes mais graves do regime comunista ficou impune.
trjustice.ilpp.ru/chapter-6.html
Para que o erro não se repita, após a mudança de regime na Rússia, é necessário expurgar os serviços de segurança de Putin, abrir os arquivos tanto da época soviética como da atual, realizar investigações e julgar publicamente os criminosos. É imprescindível também falar publicamente e regularmente destes crimes e incentivar a criação de monumentos às vítimas. Também deveria haver punição para quem tentasse aprovar leis repressivas no futuro. A condenação do poder do PCUS pode ser utilizada para justificar uma revisão das medidas repressivas contra a resistência armada ao regime comunista e para reconhecer o direito à rebelião.
Provas e links na descrição. Subscrever e ajudar.