28 dezembro, 2024 às 14:30 na Embaixada da Russia (Rua Visconde de Santarém 71, Lisboa) haverá 🙋 91ª Manifestação semanal
Terça-feira, 4 de junho, é o dia de aniversário de Alexei Navalny. Se Vladimir Putin não o tivesse assassinado na prisão, Alexei faria 48 anos.
Terça-feira, 4 de junho, é o dia de aniversário de Alexei Navalny. Se Vladimir Putin não o tivesse assassinado na prisão, Alexei faria 48 anos.
Navalny foi morto um mês antes da manifestação "Meio-dia contra Putin", organizada conjuntamente pela oposição russa, duas semanas depois de este a ter apoiado. A ação foi uma impactante resposta visual à repressão e à fraude no dia da pseudoeleição de Putin. Ao meio-dia de 17 de março, várias centenas de pessoas aglomeraram-se em protesto nas assembleias de voto. Uma sondagem à boca das urnas, feita na Embaixada da Rússia em Lisboa, revelou que Putin obteve apenas 9% dos votos em Portugal.
Para milhões de pessoas - e não só na Rússia - Alexei não era apenas uma figura política importante; era, em muitos aspetos, como alguém de família. Pela frontalidade e humor com que ultrapassou todos os obstáculos que Vladimir Putin lhe colocou no caminho, fez-nos ter esperança na derrota do regime criminoso. Este ano perdemos o Alexei. É um facto dificilmente digerível para muitos. Mas são ainda mais os que desejam que as suas ideias e o seu espírito indomável continuem entre nós.
Em Lisboa, Alexei Navalny tem um memorial conhecido. Encontramo-lo na Rua Visconde de Santarém, número 71. É frequentemente vandalizado por putinistas locais: desenham os símbolos de novo Z suástica; cortam-no, partem-no e roubam-no. O mesmo acontece com os memoriais em memória de Alexei espalhados em todo o mundo pela mão de ativistas. Os vândalos ambicionam apagar a sua memória. Afinal, para Putin é uma vitória matar Alexei e asfixiar qualquer revolução.
Estamos a restaurar este memorial e discutir com as autoridades competentes. Desejamos colocar neste espaço um memorial de pedra resistente ao vandalismo.
Para nós, um passo importante seria imortalizar Alexei ao alterar o nome de parte da rua onde está localizada a Embaixada da Rússia em Lisboa, honrando simultaneamente Navalny e Boris Nemtsov. O último morreu também a lutar contra Putin e contra a guerra na Ucrânia - foi baleado nas costas numa ponte perto do muro do Kremlin em 2015, dias antes da marcha da "primavera". Esta manifestação foi preparada juntamente com Navalny, numa luta por liberdades políticas, justiça e o fim da guerra na Ucrânia. Gostaríamos que os representantes oficiais russos – os funcionários da Embaixada –, além dos próprios cidadãos russos, recordassem o sacrifício destas pessoas e a sua fé num futuro onde a Rússia seja livre e pacífica; sempre que contactarem a embaixada, sempre que receberem e enviarem correspondência, independentemente do regime em vigor no país.
No dia 4 de junho, às 18:00, a Associação de Russos Livres reuniram-se no Memorial a Navalny, na Rua Visconde de Santarém, número 71. Usámos máscaras com o retrato de Alexei, vamos entoámos "Olá, sou eu, Navalny!" e marchar rumo à Praça dos Restauradores ao som de canções antiguerra, para além de citações de declarações de Alexei. Queremos dizer que o regime de Vladimir Putin é ilegítimo, que a atual guerra tem de acabar e que as tropas têm de ser retiradas de toda a Ucrânia. Queremos também apelar aos russos que se encontram em relativa segurança no estrangeiro para agirem. E, aos russos sob o regime repressivo de Putin, pedimos que mantenham a fé de que a derrota deste regime é inevitável.
O Alexei pediu-nos para não desistirmos. E nós não desistiremos.
Terça-feira, 4 de junho, é o dia de aniversário de Alexei Navalny. Se Vladimir Putin não o tivesse assassinado na prisão, Alexei faria 48 anos.
Navalny foi morto um mês antes da manifestação "Meio-dia contra Putin", organizada conjuntamente pela oposição russa, duas semanas depois de este a ter apoiado. A ação foi uma impactante resposta visual à repressão e à fraude no dia da pseudoeleição de Putin. Ao meio-dia de 17 de março, várias centenas de pessoas aglomeraram-se em protesto nas assembleias de voto. Uma sondagem à boca das urnas, feita na Embaixada da Rússia em Lisboa, revelou que Putin obteve apenas 9% dos votos em Portugal.
Para milhões de pessoas - e não só na Rússia - Alexei não era apenas uma figura política importante; era, em muitos aspetos, como alguém de família. Pela frontalidade e humor com que ultrapassou todos os obstáculos que Vladimir Putin lhe colocou no caminho, fez-nos ter esperança na derrota do regime criminoso. Este ano perdemos o Alexei. É um facto dificilmente digerível para muitos. Mas são ainda mais os que desejam que as suas ideias e o seu espírito indomável continuem entre nós.
Em Lisboa, Alexei Navalny tem um memorial conhecido. Encontramo-lo na Rua Visconde de Santarém, número 71. É frequentemente vandalizado por putinistas locais: desenham os símbolos de novo Z suástica; cortam-no, partem-no e roubam-no. O mesmo acontece com os memoriais em memória de Alexei espalhados em todo o mundo pela mão de ativistas. Os vândalos ambicionam apagar a sua memória. Afinal, para Putin é uma vitória matar Alexei e asfixiar qualquer revolução.
Estamos a restaurar este memorial e discutir com as autoridades competentes. Desejamos colocar neste espaço um memorial de pedra resistente ao vandalismo.
Para nós, um passo importante seria imortalizar Alexei ao alterar o nome de parte da rua onde está localizada a Embaixada da Rússia em Lisboa, honrando simultaneamente Navalny e Boris Nemtsov. O último morreu também a lutar contra Putin e contra a guerra na Ucrânia - foi baleado nas costas numa ponte perto do muro do Kremlin em 2015, dias antes da marcha da "primavera". Esta manifestação foi preparada juntamente com Navalny, numa luta por liberdades políticas, justiça e o fim da guerra na Ucrânia. Gostaríamos que os representantes oficiais russos – os funcionários da Embaixada –, além dos próprios cidadãos russos, recordassem o sacrifício destas pessoas e a sua fé num futuro onde a Rússia seja livre e pacífica; sempre que contactarem a embaixada, sempre que receberem e enviarem correspondência, independentemente do regime em vigor no país.
No dia 4 de junho, às 18:00, a Associação de Russos Livres reuniram-se no Memorial a Navalny, na Rua Visconde de Santarém, número 71. Usámos máscaras com o retrato de Alexei, vamos entoámos "Olá, sou eu, Navalny!" e marchar rumo à Praça dos Restauradores ao som de canções antiguerra, para além de citações de declarações de Alexei. Queremos dizer que o regime de Vladimir Putin é ilegítimo, que a atual guerra tem de acabar e que as tropas têm de ser retiradas de toda a Ucrânia. Queremos também apelar aos russos que se encontram em relativa segurança no estrangeiro para agirem. E, aos russos sob o regime repressivo de Putin, pedimos que mantenham a fé de que a derrota deste regime é inevitável.
O Alexei pediu-nos para não desistirmos. E nós não desistiremos.